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CV Carlos Carreiro POPUP Fotos da Inauguração

APRESENTAÇÃO

E o País Parou. Há vinte, seiscentos, mil anos atrás. E patrioticamente nunca recuperou desse atraso congénito embora na sua ingénua gritante modernidade procure ocultar esse estigma.

A arte, como todas as doenças infecto-ambiciosas é sobretudo a crítica essa degenerência mental humana, tem tentado impor comportamentos estanques, básicos, modas: neste sécullum dita-se o modus operandi aos artistas, concebem-se capelas, exibem-se tiques e fachadas; a tal portugalidade está asfixiada por pintores que não querem, não sabem, não podem desenhar, cativa de conceitos abstraccionistas pacóvios, de estrangeirismos performáticos envergonhados, enfim, pudores nacionais escondidos por enigmáticos projectos em línguas globalizantes. Concepts…

Carlos Carreiro expõe-nas: a tal fachada retro-quinhentista, o novo-riquismo ilhéu tropicalista, a inutilidade do jeep urbano ou os arrogantes submarinos de um Vasco da Gama que nem sabia nadar. YO.

Com um onírico lúbrico pesadelo doméstico, em que a salazarenta Casa Portuguesa confunde o cinzento imperialismo minimalista arquitectónico, onde o pavão no museu é mais importante que a árvore, a avenida marginal mais importante que a maré, é este o ideal foguetão de madeira português, Grão-mestre Nuno Gonçalves da fogueira das nossas vaidades. E a cor, as cores que desde o psicadelismo no pintor se têm vindo a apurar?

Estádio de sítio rendido ao poder, anamorfose de Amadeo distorcida pelo “marchand”, fazendo das tripas coração em verdade vos digo que não há Arte mais sincera que a que nos permite interpretar saboreando os extra-mundos que nos tocam tão de perto, quiçá tão longe.

Rui Reininho

OBRAS EM EXPOSIÇÃO


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